O mercado de conselheiros: por que empresas maduras precisam de orientação com propósito

O mundo dos negócios nunca esteve tão desafiador. Avanços tecnológicos velozes, pressão por inovação, competição acirrada e exigências cada vez maiores por responsabilidade socioambiental impõem aos líderes um cenário onde o improviso já não cabe.

Neste ambiente, o papel do conselheiro empresarial ganha força — não como uma figura burocrática ou distante, mas como alguém capaz de enxergar caminhos quando a operação está imersa na rotina.


Um conselheiro traz aquilo que muitos gestores não conseguem manter diante das urgências diárias: a visão de longo prazo. Ele não resolve tarefas pontuais, mas ajuda a fazer as perguntas certas. Onde queremos chegar? Estamos no caminho certo? O que pode nos colocar em risco — ou nos impulsionar de forma mais inteligente?
Hoje, as empresas mais preparadas não são necessariamente as maiores, mas aquelas que contam com decisões mais estratégicas, tomadas com base em experiência, dados e alinhamento entre cultura, propósito e rentabilidade.

Ao longo da minha trajetória — que começou no campo, passou por multinacional, depois setor financeiro, criação de empresas e chegou até a energia sustentável, posição atual — aprendi que negócios saudáveis funcionam como organismos vivos. No trabalho como conselheiro, aplico o que chamo de estratégia com impacto: uma forma de pensar que integra governança, sustentabilidade e resultado financeiro como partes de um mesmo sistema, que se fortalecem mutuamente.

Esse tipo de conselheiro precisa ser, ao mesmo tempo, generalista e profundo. Um profissional que sabe dialogar com o financeiro e o marketing, com o técnico e o estratégico, com o CEO e o chão de fábrica. É o que se chama de nexialista — alguém que conecta diferentes áreas do conhecimento para gerar síntese, inovação e soluções práticas.

Enquanto as regras mudam, a habilidade de enxergar conexões entre temas complexos se torna cada vez mais valiosa. Governança, ESG, expansão, sucessão familiar, captação de recursos, atração de talentos, inteligência de mercado: tudo isso precisa convergir. E o conselheiro está ali para amarrar esses pontos soltos com visão, isenção e bagagem.

Eu costumo dizer que conselho não é status — é ferramenta. Muitas vezes, minha atuação começa de forma simples: uma consultoria leve, um diagnóstico estratégico, uma conversa direta com quem está no comando. É nesse momento que surgem os primeiros saltos. Não só nos resultados, mas na clareza sobre os caminhos que a empresa pode — e precisa — seguir.

Mais do que um luxo, o conselheiro certo, na hora certa, pode ser o elemento decisivo para transformar uma boa ideia em um negócio duradouro, ético e lucrativo. Porque empresas não crescem sozinhas — crescem com pessoas. E, de vez em quando, é preciso alguém de fora para lembrar disso.

Marcos Mello é conselheiro empresarial e Sócio e CFO da Norr Energia. Especialista em governança corporativa, sustentabilidade e finanças estratégicas, atua com empresas que desejam crescer com responsabilidade, unindo experiência prática à geração de valor de longo prazo.

 

 

 


instagram: marcosmello.esg
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